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Nos últimos meses tivemos o privilégio de ouvir vários especialistas proeminentes falarem sobre os rumos do nosso Brasil. Cientistas Políticos, Administradores, Sociólogos, Economistas, Jornalista, Astrólogos, Futurólogos, CEOS, brasileiros comuns de todas as matizes falaram algo – e mais um pouco. Todos nós conversamos sobre muitas das mesmas coisas.
Por exemplo, TODOS VIRAMOS ESPECIALISTAS em cobrir o estado da economia e principalmente do FUTURO DAS COISAS. Falamos sobre questões de competitividade global, sobre corrupção, a construção de caminhos para sairmos da crise entre outros assuntos importantes e outros nem tando assim.
Surpreendentemente para mim, todos incluíram humor e um pouco de paixões exacerbadas em suas falas – o que foi muito eficaz para entender o estado humano do nosso tempo onde todos nós temos OPINIÃO sobre QUASE TUDO.
Uma das declarações mais fascinantes tratava simplesmente isso.
Muitas das pessoas conhecidas nacionalmente e que fizeram o trabalho das suas vidas para prever o que iria acontecer nas economias NÃO ACERTARAM QUASE NADA. PORQUE SERÁ?
Penso nas empresas que tomaram decisões cruciais com base nas flutuações cambiais, nas taxas de crescimento em vários países, no movimento das taxas de juros e em muitas outras questões que tinham a capacidade de estudar, interpretar e relatar.
Por que todos os ESPECIALISTAS COM SEUS CONHECIMENTOS e décadas de experiência se sentirão obrigados a dizer humildemente que suas habilidades preditivas eram suspeitas?
A resposta óbvia, penso eu, é que qualquer um que consistentemente se arrisca a prever o futuro em detalhes, estará muitas vezes errado.
Ao ouvi-los afirmarem sobre as suas limitações preditivas me fizeram pensar no sucesso das previsões de inteligência competitiva.
PERGUNTA: Nós, na função de inteligência competitiva, prevemos consistentemente e com sucesso eventos competitivos futuros significativos?
Minha resposta é “SIM” e “NÃO” para essa pergunta.
Os futuristas da inteligência competitiva dirão (com alguma justificativa, eu acho) que algumas coisas são previsíveis.
Olhe para muitas tendências claras hoje e projete seu impacto amanhã – dirão alguns.
OS ACONTECIMENTOS DO AGORA são notícias antigas, mas cinco anos atrás eram notícias “NOVAS”.
Qual é o impacto e os esforços que temos que fazer para identificar a rápida disseminação das mídias sociais e seu impacto nas pessoas e empresas? Essa é uma questão que atualmente faz parte de alguns questionamentos.
A disponibilidade onipresente de dispositivos sem fio, de baixa potência e altamente conectados continua a gerar muitas respostas do mercado. E isso é uma revolução e ao mesmo tempo um desafio gigantesco.
Se refletirmos podemos pensar que a energia renovável, IOT, Blockchain e tudo o que isso implica – parece estar em sua infância.
Tendências demográficas ou geopolíticas apontam para um pequeno conjunto de resultados prováveis em algumas áreas. Nessas áreas e outras semelhantes, parece possível fazer previsões amplas com sucesso.
No entanto, a maioria dos clientes de inteligência competitiva geralmente procura outras respostas.
As respostas que eles querem são mais de CURTO PRAZO e muito MAIS PRECISAS em tempo e direção, tais quais:
Se PREVISÕES PRECISAS estivessem DISPONÍVEIS para responder a QUALQUER UMA dessas perguntas, elas seriam bastante VALIOSAS.
NÃO É por FALTA DE TENTATIVAS que não temos essas respostas.
De fato, muitas vezes tentamos prever.
Nós fazemos suposições (eu enfatizaria – “inferências”) para nossos clientes.
Apontamos para os resultados que consideramos mais prováveis. Nós nos esforçamos para mudar os sinais competitivos do ruído de fundo desse mundo caótico, incerto, ambíguo e volátil para fornecer insights para o gerenciamento empresarial.
Então, depois de formular uma opinião, tentamos confiantemente convencer os outros de que nossa visão é correta (ou, pelo menos, altamente provável).
Afinal de contas, de que adianta a inteligência competitiva se ela não tem a CORAGEM de representar ALGO? Do que adianta o exercício de nossa função se não TENTARMOS, se nos ESCONDERMOS e nos OFUSCARMOS?
A verdade é que temos que REPRESENTAR ALGO – não é apenas nossas previsões.
A alta administração não acredita em nossas previsões de qualquer maneira. Eles já sabem DUAS coisas antes de você ou eu aparecermos para entregar nosso produto de inteligência competitiva.
Na verdade, às vezes, a profundidade do conhecimento pode aumentar a dificuldade de identificar as tendências gerais que, na verdade, podem ser úteis para fins preditivos.
É TAREFA da alto escalão fazer APOSTAS FUTURAS e pessoas que exercem a função de inteligência competitiva raramente estão equipadas para oferecer insights de negócios superiores.
O que o alto escalão QUER da inteligência competitiva se não são previsões? Algumas coisas simples – que listamos abaixo:
Nosso desafio de inteligência competitiva é ENTENDER uma miríade de problemas, AJUDAR nossos clientes e parceiros a resolver eficientemente esses problemas e AGIR com humildade ao reconhecermos os LIMITES de nossas capacidades.
HUMILDEMENTE EU NÃO SEI o que você vai pensar sobre esses pontos – MAS PEÇO para que REFLITA sobre eles e tente APLICÁ-LAS e aprimorar em sua função de inteligência.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
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