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A ENTREGA É OLHO NO OLHO
Outro dia me perguntaram qual seria o meio de disseminação de inteligência mais eficaz. Dei uma resposta típica de consultoria. Respondi que depende.
Mas pensando em uma entrega onde estamos suportando uma decisão de negócio – existem meios de disseminação que são imbatíveis. É o famoso olho no olho.
Estudo das universidades de Waterloo, no Canadá, e Cornell, em Nova York, publicado no Journal of Experimental Social Psychology, recomenda o método “olho no olho” para solicitar algo ou convencer uma pessoa, mesmo que desconhecida.
Falar pessoalmente é 34 vezes mais eficiente que enviar email com o mesmo pedido ou argumente, segundo o estudo.
Muitas vezes perguntamos como são disseminados nas empresas os produtos de inteligência e as respostas são as mais variadas possíveis.
Resumindo de uma forma bem simplista – existem produtos que são de consumo rápido e de monitoramento, são os alertas, kits de monitoramento e uma outra categoria mais complexa que são estudos e análises que estão de alguma forma suportando decisões de negócios.
A DISSEMINAÇÃO NA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA
O que seria a disseminação de um produto de inteligência?
Formalmente a disseminação é atividade que visa definir os canais de entrega dos produtos de inteligência da empresa, as ferramentas a serem utilizadas na disseminação, frequência bem como seus mecanismos de recuperação.
Na função de inteligência a melhor forma de passarmos uma mensagem é interagindo.
Um executivo não quer ler um relatório (alguns vão querer sim). Geralmente ele quer interagir, refletir sobre o que está sendo discutido, voltar, questionar e principalmente interagir novamente.
Existem disseminações através de Portais de Inteligência, boletins informativos, dashboards em tv, quadros de avisos, envio por email, blogs, whatsapp, seminários, workshops, dinâmicas entre outros canais.
Falar e interagir pessoalmente – no meu ponto de vista – é um dos melhores canais para interação com executivos do topo da organização.
Reflitam sobre isso. Falar da função de inteligência é uma constante. Fale sobre isso e repita quantas vezes forem necessárias.
Escreva também. O propósito da escrita é alcançar um público mais amplo do que podemos tocar por contato pessoa a pessoa. Quando escrevemos, podemos descrever cuidadosamente nossas experiências e destacar as lições que aprendemos
Já perceberam que muitas pessoas são aprendizes auditivos? Muitas pessoas aprendem melhor ouvindo alguém falar sobre um assunto. Outros precisam de alguém para incorporar um conceito antes de confiarem na comunicação.
No topo dessas excelentes razões, existe o fato de que falar pode aumentar a nossa confiança sobre o que estamos fazendo.
Pense que a disseminação e entrega de um produto de inteligência faz parte de uma jornada de mudança.
Nesta caminhada imagine que entraremos em contato com outros que fizeram muito menos do que nós e isso construirá uma imagem satisfatória de realização relativa e colaborativa.
Imagine que nós também conheceremos pessoas que podem ajudar, apresentando coisas que não conhecemos ou ainda não consideramos em nossa análise.
Pense também que precisamos estar preparado para ouvir. Lembre-se de que enfatizamos ser um parceiro confiável para os executivos seniores e esta é uma maneira de provar que estamos fazendo isso – aprendendo com os outros, escutando, questionando e construindo uma visão de solução conjunta.
Que estejamos preparadas para ouvir e retribuir esses conhecimentos que nos são compartilhados. Apenas isso.
Finalmente, nesta jornada as nossas habilidades de comunicação serão infinitamente melhores quando formos explicar do que se trata a entrega de inteligência competitiva que estamos fazendo junto ao grupo.
Isso sempre será uma habilidade vital à medida que nós continuaremos com as responsabilidades da função de inteligência e estamos mudando a mente de poucos que podem alterar a mente de muitos dentro da organização.
Lembre-se: A inteligência é uma função social. Viva a interação humana e interaja mais com os “olhos nos olhos”.
Reflita sobre isso.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
[email protected] I https://www.intelligencehub.com.br
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