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Crer é o primeiro passo para fazer inteligência competitiva

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Juan Vieira
segunda-feira, 02 janeiro 2017 / Published in Artigos Ihub, Estruturação
UM CÉTICO CONVERTIDO CHAMADO PAI Tenho pensado nestes últimos tempos em correlações entre atividades e crenças que não estão tão claras para mim, mas que de alguma forma estão ali,
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UM CÉTICO CONVERTIDO CHAMADO PAI

Tenho pensado nestes últimos tempos em correlações entre atividades e crenças que não estão tão claras para mim, mas que de alguma forma estão ali, circundado o mundo invisível ao nosso redor.

Penso que o mundo e os pensamentos são platitudes infinitas.

Tenho pensado nestes últimos tempos em meus pais, com um carinho imenso. Talvez seja a saudade e a distância de estar em SP e eles no Rio. E tenho me comovido por instantes por mensagens de estranhos num mundo perpétuo de informações.

Meu pai de formação muito espartana, um agnóstico por vocação, sempre foi um homem das ciências e dos cálculos. E conforme fomos crescendo com a imperatriz de suas crenças e valores, a espada da força andava junto com o amor infinito de minha mãe e a crença muito forte de mundos reais e invisíveis – e a fé e esperança – em algo muito maior.

Crescendo em uma família dicotômica como a minha, sempre foi estranho assistir como um espectador de um filme muito real os valores de uma família tão diferente e ao mesmo tempo tão confluente.

Ainda falarei de como encaixo a função de inteligência neste pensamento breve.

ESCREVER É LEMBRAR E GANHAR NOVOS CONTORNOS E CONHECIMENTO 

A vida é estranhamente maravilhosa, e a lembrança sempre muito poderosa. Algumas coisas acontecem em nossa vida e sobre elas não temos o mínimo de controle. São as forças exógenas. Muito novo enfrentei a morte. Com quinze anos fui baleado em um assalto. O tiro no peito, a fumaça, o cheiro a queima roupa, o estalo e uma dor tão forte que anestesia  – essas lembranças vívidas – sempre estarão comigo.

E comigo ficam também muitas outras lembranças. Mas principalmente o processo de recuperação. Cair e reerguer-se é complicado, mas ao mesmo tempo fácil. Basta querer levantar-se.

Dentre um dos inúmeros diagnósticos que inúmeros médicos me deram no processo de recuperação – um me marcou profundamente – inclusive ao meu pai que me acompanhou em todos eles.

Como no tiro perdi parte da minha clavícula, a primeira lembrança de quando acordei foi a mensagem do meu pai. Lembro dele me falando que estava tudo bem, e eu só teria que passar por uma outra cirurgia para colocar uma prótese por conta da perda desse “pequeno osso”. Eu não tinha muitas forças e só sussurrei e pedi ao meu pai que não me abrissem de novo. Não naquele dia. Pai – deixa para próxima.

Pois bem. Meses se passaram e fui no 15º médico, um conhecido do meu tio aqui de São Paulo. Era estranho toda hora tirar a camisa, tirar uma série de chapas e ter pessoas te apalpando. Adolescente detesta contato, a não ser de quem quer bem. E sinceramente um estranho te apalpando e falando de você como uma experiência esquisita – não é uma figura de bem querer.

Lembro como se fosse hoje. O doutor me examinou, pediu para abrir e fechar a mão, me espetou para ver se tinha sensibilidade, olhou o raio x, sentou em sua cadeira, respirou, ajeitou os óculos e juntou as mãos como numa prece e falou: “Nícolas, por acaso você já jogou na loteria? Meio acanhado, magro e despido, respondi que não. E ele retrucou: Não precisa mais jogar, porque você já ganhou o bilhete sem saber!”

Eu um garoto de quinze anos, magrinho igual um grilo, estiquei o pescoço e olhei para o meu pai. E vi de relance um sorriso leve e profundo. Quase um alívio. Depois tirei mais umas 20 chapas de raios-x, e o médico me levou para um tour no hospital, me apresentado aos residentes, todos me apalpando, meu pai sorrindo – e eu meio atordoado e bravo – quase como um rock star. Na sequência, fui levado para uma ala que tinha um nome de um médico, não me lembro o nome, mas me lembro como em um filme 4D com cheiro hospitalar, que entrei em sua sala, fui apresentado a um senhor de idade com aparência solene.

Após os procedimentos usais mencionados acima, o senhor falou uma coisa para mim: “Menino, eu estou no exercício da prática médica há mais de 50 anos e não paro de me surpreender com a força da juventude e os milagres que a vida me proporciona.”

O médico se emocionou e chorou uma pequena lágrima de emoção sincera. Eu fiquei lá parado, sem camisa, com frio, meio bolado como todo adolescente,  envergonhado e sinceramente feliz por saber internamente que aquilo ia ter um fim.

Ele me pediu uma coisa e foi uma coisa que achei estranha. “Nícolas, você poderia tirar uma foto comigo, eu quero guardar para lembrar do dia de hoje.” Fiz sim com a cabeça e tiramos a foto. Meu pai sorriu um sorriso iluminado. E eu saí da sala achando, como todo adolescente que o coroa era meio “maluco” – como todo adulto.

E de agnóstico, duro consigo mesmo e conosco – alguma coisa foi mudando nele. Ele, meu pai, foi ficando mais leve.

Este episódio muito pessoal que compartilho, é uma referência sobre as forças que não controlamos e que de alguma forma elas exercem pressão sobre nós, sejam elas positivas ou negativas.

DIVINDADES EMPRESARIAIS – UM LINK COM O RELATO ACIMA

Buscando fazer uma ponte com o relato pessoal acima, no mundo dos negócios, há divindades que exercem forças que as empresas não possuem controle e que também podem ser “invisíveis”. São as forças do ambiente de negócios.

Frequentemente tomadores de decisão e gestores perguntam como a inteligência competitiva pode vir a ajudar as organizações. O que a inteligência pode trazer aos executivos?

São várias as frentes de apoio de inteligência aos negócios.

  • Um processo de inteligência pode apoiar executivos a entender, através do método de cenários, as possibilidades de novos negócios e identificação de ameaças.
  • As empresas podem utilizar exemplos e acontecimentos do passado para buscar entender padrão de comportamento mercadológico e como as empresas reagem.
  • Podem monitorar e se antecipar a movimentos regulatórios que afetam os negócios e planejar quais ações devem ser tomadas, entre outras.
  • No campo da relação com o cliente e com os competidores, as empresas podem se valer da inteligência para monitorar continuamente as possibilidades de novos produtos ou serviços, definir e mapear como produtos de competidores podem substituir os produtos e serviços da própria companhia, monitorar a entrada de novos players no mesmo segmento de atuação de sua companhia, entender quais são as possibilidades de aumento ou perda de market share de acordo com processos de pesquisa e desenvolvimento de seus competidores e principalmente, fornecer insumos para a decisão de antecipação à concorrência.

A boa função de inteligência competitiva pode ajudar as empresas a fazerem um trabalho melhor no tocante ao marketing e a estratégia. 

Essa função pode apoiar na criação de melhores estratégias e levá-las a uma adoção de forma mais eficaz. Mais do que isso, ela liga o futuro com o presente e ajuda a todas as pessoas na organização, que estão a pensar taticamente, a fazerem (algumas) mudanças para apoiar o futuro.

Lao-Tsé, um filósofo e pensador chinês já dizia em sua sabedoria: “O caminho de mil milhas começa com um passo”.  

A pequena parte do meu relato trata muito de coisas que não podemos controlar e são importantes de monitorar – e reforça a minha crença que a analogia é uma boa fonte de inspiração entre a vida pessoal e empresarial. Na verdade a analogia é uma fonte diária na explicação de mecanismos complexos de transferência de informação.

Na complexidade do mundo – a crença sobre algo que não vemos –  é uma delas.

Crer  é o primeiro passo para fazer IC.

Reflita um pouco sobre isso e tenham um excelente 2017.

É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.

Grande abraço,

Nicolas Yamagata